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O que é felicidade para você?

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Inicio este artigo te questionando: O que é felicidade para você? Reflita e responda para si mesmo.

Lendo um artigo dias atrás, sobre o aumento dos atendimentos psicológicos na Pandemia do Coronavírus, me deparei com um levantamento sobre as perguntas mais recorrentes sobre saúde mental feitas no “GOOGLE”, ano passado. As campeãs foram “como tratar a ansiedade?” e “como tratar a depressão?”, seguida da pergunta “o que é felicidade?”. Assim surgiu o meu desejo de abordar este tema, neste artigo.

Sabe-se que a felicidade é um sentimento subjetivo e por isso tão difícil de ser definida. É um estado de bem-estar e satisfação que todos buscam alcançar. Ela pode ser uma chave para dar significado a nossas vidas.

A busca de felicidade é um combustível que nos move, mas precisamos ter muito cuidado com o revés dos dias atuais, onde vivemos uma época em que ser feliz é uma obrigação. Felicidade não pode virar um peso, nem se tornar uma fonte de ansiedade.

Falar em felicidade nos remete a psicologia positiva e ao mais reconhecido pesquisador do tema, o psicólogo americano Martin Seligman. Segundo suas pesquisas a felicidade é na verdade a soma de três coisas diferentes: prazer, engajamento e significado.

Prazer trata-se daquela sensação que costuma tomar nossos corpos quando dançamos uma música boa, ouvimos uma piada engraçada, conversamos com um bom amigo, fazemos sexo ou comemos chocolate. Um jeito fácil de reconhecer se alguém está tendo prazer é procurar em seu rosto por um sorriso e por olhos brilhantes. Já engajamento é a profundidade de envolvimento entre a pessoa e sua vida. Um sujeito engajado é aquele que está absorvido pelo que faz, que participa ativamente da vida. E, finalmente, significado é a sensação de que nossa vida faz parte de algo maior.

A vantagem de dividir a felicidade em três é que assim fica mais fácil definirmos nossos objetivos. “Buscar a felicidade” é uma meta meio vaga, fica difícil até de saber por onde começar. Mas, se você se conscientizar de que basta juntar essas três coisas – prazer, engajamento e significado – para a felicidade vir de brinde, a tarefa torna-se menos penosa. Seligman acredita que um dos maiores erros das sociedades ocidentais contemporâneas é concentrar a busca da felicidade em apenas um dos três pilares, esquecendo os outros. E geralmente escolhemos justo o mais fraquinho deles: o prazer.

Caminhos para a felicidade

Esses métodos para se tornar mais feliz foram testados em laboratório, e parecem funcionar.

Prazer

• Permita-se ter experiências sensorialmente agradáveis de vez em quando. Não se trata só de emoções fortes. A maior parte dos prazeres é bem simples: conversar, ver uma paisagem bonita, comer algo gostoso.

• Tire “fotografias mentais” dos momentos agradáveis de sua vida – repare nos detalhes, nas cores, nos cheiros. Nas horas difíceis, tente recordar-se de tudo.

• Tenha companhia. Quase todas as pessoas sentem-se mais felizes quando estão com outras pessoas.

Engajamento

• Dedique-se a tudo que você faz, no trabalho ou fora. Lembre-se: a diferença entre um emprego chato e um emprego legal pode ser a sua postura.

• Arrume uma atividade desafiadora, difícil, e esforce-se para se tornar cada vez melhor nela. Yoga, aeromodelismo, videogame, natação, flauta… Há opções para todos os gostos.

• Exercite-se. Esporte praticado com frequência aumenta a disposição para a vida e em geral nos deixa mais ligados no mundo e no nosso próprio corpo. Algumas pesquisas sugerem que dar risada é um ótimo exercício.

Significado

• Pesquisas mostram que escrever num diário as coisas pelas quais você é grato garante um aumento no nível de felicidade que dura seis semanas.

• Faça atos de altruísmo ou bondade. Colabore com alguma instituição humanitária, ensine algo que você saiba.

• Se tem alguém que foi importante na sua vida, ainda que num passado remoto, faça-o saber disso, de preferência com uma visita pessoal. Os cientistas dizem que essa “visita de gratidão” pode valer um mês de felicidade.

O caminho da infelicidade

Se você quer mesmo ser feliz, precisa se convencer de que nada disso é a solução.

Dinheiro

Ele só traz felicidade até o momento em que cobre as necessidades básicas. Depois disso, mais dinheiro não altera o nível de satisfação. E um foco exagerado em coisas materiais vai esvaziar sua vida de significado.

Casamento

• Condicionar a felicidade a fatores sobre os quais você não tem controle não pode dar certo. Além disso, um casamento não tem nada a ver com um estado perene de alegria. Ele tem altos e baixos como tudo na vida.

Futuro

• “Vou ser feliz quando eu terminar a minha faculdade.” É importante ter metas, mas achar que a felicidade está no futuro só adia sua realização.

Beleza

• Mais um caso de expectativa irreal. Em primeiro lugar, porque é impossível ter um corpo e um rosto perfeitos. Em segundo, porque nada disso é garantia de felicidade.

Status

• Priorizar símbolos de status indica uma preocupação maior com os outros do que com você mesmo.

Que você achou das dicas? Posso te desafiar a praticá-las e ser mais feliz?

Fonte: https://super.abril.com.br/cultura/a-busca-da-felicidade/

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Lidiane Klein

Especialista em Neuropsicologia pela UFRGS, Mestre em Psicologia e Saúde pela UFCSPA e Doutoranda em Ciências da Reabilitação. Trabalho com avaliação neuropsicológica, psicoterapia, reabilitação, intervenção neuropsicológica e estimulação cognitiva, principalmente para adultos e idosos.

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