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Ser mulher na atualidade

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No artigo deste mês, inspirado no dia da mulher, procuro trazer algumas reflexões sobre o universo da mulher madura. Existem algumas peculiaridades próprias desta etapa da vida que precisam ser valorizadas e discutidas. Algumas pessoas poderão ler o texto e achar que as questões levantadas são uma utopia, mas lhes digo que não. O mundo está mudando muito rapidamente e os modelos que tínhamos não servem mais. Nós mulheres estamos seguindo o fluxo, ou deveríamos, e nos adaptando a esta nova realidade, de sermos a mulher da nossa vida!

A mulher madura enfrenta muitos desafios os quais precisa ir se ajustando e elaborando internamente dentro de si, muitas vezes este não é um processo fácil e precisará de uma ajuda especializada. Maturidade nem sempre significa mais idade, mas outras formas de sentir e, principalmente outras maneiras de ver e encarar o mundo.

Certa vez li que a mulher madura tem um jeito especial de ser, ela não é ventania, é ar em movimento. A mulher madura se relaciona de forma diferente consigo mesma e com seu entorno, procura voltar-se mais para si, recriando um ambiente propício para ser ela mesma. Não há uma forma de ser mulher, mas uma forma que convém a cada mulher ser, em qualquer idade!

Mulheres maduras se reinventam e se redescobrem, buscam prazeres muitas vezes deixados de lado em função de casamento, maternidade e trabalho. Estão mais comprometidas com a própria felicidade e menos preocupadas em atender as expectativas e as demandas dos outros. É uma etapa em que muitas passam a olhar e cuidar de si mesmas com o mesmo carinho que sempre dedicaram aos filhos e marido.

Mulher madura, busca um olhar positivo sobre si mesma. Se preocupa menos com a opinião dos outros e prioriza seus próprios desejos. Ela aprende que a felicidade é uma busca individual, assim vai lhe concedendo os pequenos prazeres cotidianos, reservando um tempo para fazer algo por si e que lhe dê satisfação. Mulher madura aprende a se valorizar, não aceitando menos do que mereça.

Se tem algo que a mulher madura preza é a sua liberdade, ela aprende ao longo dos anos que não existe nada melhor do que ser livre. Livre para fazer aquilo que quiser, livre para estar com quem quiser e onde quiser. Este aprendizado ocorre principalmente depois dela se dar conta de que viveu a vida para a família ou trabalho, muitas vezes anulando seus desejos em nome de um amor incondicional. E claro que a grande maioria das mulheres não se arrepende e faria tudo de novo, mas (re)descobrir outras formas de viver e se relacionar com a vida pode ser muito prazeroso.

Mulher madura já deve ter aprendido a dizer NÃO! Digo que “já deve” porque este é um dos aprendizados mais “complicado” na vida … Lembre-se que dizer não nos permite dizer sim ao que realmente nos importa! Sempre digo para os meus pacientes que o sim que damos ao outro não deve ser um não pra gente mesmo.

A mulher madura sabe que precisa ser verdadeira consigo mesma, assume seus erros e não se faz de vítima. Não tem medo de expor seu ponto de vista, afinal de contas errar é humano! Ela sabe que o tempo lhe deu sabedoria, e é esta sabedoria que lhe dá a confiança necessária para tomar decisões de forma mais tranquila e segura.

A mulher madura aprecia a sua companhia sentindo prazer em estar consigo mesma. Ela sabe que só podemos ser uma boa companhia para o outro se formos uma boa companhia para nós mesmos.

Enfim, nos tornarmos uma mulher madura e sermos a mulher da nossa vida não é dos desafios mais fáceis. Mas te pergunto agora, e seja honesta com você mesma, você se considera uma mulher madura? Lembre-se que ser uma mulher madura não tem a ver com anos vividos, mas sim com aquilo que você fez e se tornou nestes anos vividos. Se a sua resposta for sim, meus parabéns, mas se você não está satisfeita com a mulher que se tornou lembre-se que nunca é tarde para mudar e ser feliz!

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Lidiane Klein

Especialista em Neuropsicologia pela UFRGS, Mestre em Psicologia e Saúde pela UFCSPA e Doutoranda em Ciências da Reabilitação. Trabalho com avaliação neuropsicológica, psicoterapia, reabilitação, intervenção neuropsicológica e estimulação cognitiva, principalmente para adultos e idosos.

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