Seu maior compromisso é com você!

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Mais um ano chegando ao final e gostaria de te perguntar se você está satisfeito com o seu desenvolvimento pessoal? Conseguiu dar alguns passos na busca do seu autoconhecimento? Se tornou uma pessoa melhor? No meio de tanta correria muitas vezes fica difícil pararmos e refletirmos sobre estas questões, mas acredito que se faz necessário nos mantermos sempre progredindo enquanto ser humano. Assim, eu pensei compartilhar com vocês alguns ensinamentos propostos por Don Miguel Ruiz, em seu livro “Os quatro compromissos.”

A leitura deste livro fez muito sentido para mim, espero que faça para vocês os recortes que trarei aqui. Ele nos oferece reflexões sobre hábitos e conceitos simples, que todos conhecemos, mas que, na rotina da vida moderna, deixamos de praticar. Sua abordagem tem base no pensamento dos antigos toltecas, povo que habitava a região do atual México. Para o autor existem quatro compromissos
básicos que devemos honrar:

  • Seja impecável com a sua palavra: este compromisso é o mais importante e o
    mais difícil de cumprir. As palavras têm imenso poder e não devem ser usadas de
    modo leviano. Diga apenas aquilo em que acredita, usando corretamente sua
    energia. Fuja de mexericos e de comentários negativos. Ela pode ser uma espada de
    dois gumes, pode criar o sonho mais belo ou destruir tudo ao seu redor. Fazendo a
    analogia da mente com um computador, as fofocas poderiam ser comparadas aos
    vírus. Um vírus de computador é um programa escrito na mesma linguagem que
    todos os outros códigos de programas, porém carrega uma intenção danosa.
    Lembre-se sua opinião não é nada além do seu ponto de vista, não é
    necessariamente verdadeira.
  • Não leve nada para o lado pessoal: quando alguém fala de você, está na realidade
    expondo a si mesmo. Não absorva insultos e não se deixe levar por adulações.
    Aprenda a se tornar imune às opiniões alheias. Se você levar tudo para o lado
    pessoal estará concordando com que está sendo dito. Nada do que os outros fazem
    é motivado por você, é por causa deles mesmos, mesmo que uma situação lhe
    pareça pessoal, mesmo que os outros lhe insultem diretamente, não tem nada a ver
    com você, o ponto de vista deles provém das experiencias pessoais deles. A
    verdade é que está pessoa está lidando com os próprios sentimentos, crenças e
    opiniões.
  • Não tire conclusões: atenha-se apenas à realidade imediata e concreta. Seja
    sempre claro e transparente e exija que os outros também o sejam, ignorando o que
    há de nebuloso ou mal-explicado. Temos tendência a tirar conclusões sobre tudo.
    Presumir. O problema é que acreditamos que elas são verdadeiras, poderíamos
    jurar que são reais. Tiramos conclusões sobre o que os outros estão fazendo e
    pensando – levamos para o lado pessoal.
  • Sempre dê o melhor de si: existe apenas mais um compromisso, porém é o que
    permite que os outros três se tornem hábitos profundamente enraizados, ele se
    refere à ação dos outros três. Em qualquer circunstância, mesmo nas situações mais
    insignificantes, faça o melhor, nem mais nem menos. Rejeite sacrifícios ou esforços
    extenuantes: faça o que puder, da melhor forma possível. Para exemplificar este
    propósito o autor nos traz uma historinha.

    Havia um homem que, desejando transcender seu sofrimento, foi a um templo
    budista para encontrar um mestre que o ajudasse. Dirigiu-se a ele e perguntou:
    -Mestre, se eu meditar quatro horas por dia, quanto tempo vou levar para me
    iluminar?

    O mestre olhou para ele e respondeu:
  • Se você meditar quatro horas por dia, provavelmente atingirá a iluminação em dez
    anos. Imaginando que poderia fazer melhor, o homem perguntou:
  • Mestre, e se eu meditar oito horas por dia, quanto tempo levarei para transcender?
  • Se meditar oito horas por dia, talvez possa atingir a iluminação em 20 anos –
    respondeu o Mestre.
  • Mas por que levarei mais tempo se meditar mais? Indagou o homem.
  • Você não está aqui para sacrificar sua alegria ou sua vida. Você está aqui para
    viver, para ser feliz e amar. Se puder dar o melhor de si em duas horas de
    meditação…, mas se você gasta oito horas, só vai se cansar, perder o objetivo
    principal e não aproveitará sua vida. Dê o melhor de si e talvez aprenda que não
    importa o quanto tempo você medita, pode viver, amar e ser feliz.

    Lembre-se quando você faz o melhor que pode, aprende a aceitar a si mesmo. Mas é preciso estar atento e aprender com os erros. Isso significa praticar, observar com honestidade os resultados e continuar praticando. Isso aumenta a sua consciência.

    Espero que vocês já pratiquem na sua vida os quatro compromissos, mas caso contrário o final de ano pode ser uma boa oportunidade para colocá-los nas suas resoluções de final de ano!

    Abençoado 2023 a todos nós!!

    Forte abraço.

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Lidiane Klein

Especialista em Neuropsicologia pela UFRGS, Mestre em Psicologia e Saúde pela UFCSPA e Doutoranda em Ciências da Reabilitação. Trabalho com avaliação neuropsicológica, psicoterapia, reabilitação, intervenção neuropsicológica e estimulação cognitiva, principalmente para adultos e idosos.

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