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Você se coloca no lugar do outro? #Empatia

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Quando falamos sobre a capacidade individual do ser humano de se colocar no lugar do outro estamos falando sobre o conceito de empatia. A empatia é uma qualidade muito desejada a todos os seres humanos, muito embora infelizmente muitas pessoas desconheçam, ou por escolha não pratiquem. Se todas pessoas tivessem essa capacidade desenvolvida, com certeza, estaríamos vivendo em um mundo um pouco melhor.

ma pessoa empática é aquela que consegue se conectar com a dor e sofrimento do outro, acolhendo-o. Mas é muito importante também que a pessoa saia deste lugar do outro, caso contrário pode entrar em sofrimento, por um excesso de empatia. Assim como tudo na vida, deve- se haver um equilíbrio.

Aqui neste artigo iremos focar na falta de empatia, que acredito ser a característica mais comum nos dias atuais. A falta de empatia pode causar dificuldades na vida, sobretudo nas relações humanas. As pessoas que não costumam se colocar no lugar do outro muitas vezes são egoístas e só olham para seu próprio umbigo.

O caminho da empatia passa pelo autoconhecimento, pois para que eu possa me conectar com o outro, eu preciso me conectar com algo dentro de mim que reconhece este sentimento. E quando eu não consigo olhar para dentro de mim, fica mais difícil olhar para o outro. Desenvolver a empatia exige inteligência emocional e psicológica, o que nem todos possuem. Ter pouca capacidade de compreender os outros é uma indicação de que você, provavelmente não se compreende totalmente. Tanto a vida quanto o pensamento emocional ficam muito empobrecidos quando não há empatia.

Pessoas que possuem traços de psicopatia em sua personalidade, geralmente, não conseguem ou não possuem a habilidade de empatia em qualquer forma. Mas também existem pessoas que não tem possuem nenhuma psicopatia e ainda assim não conseguem desenvolver sentimentos de empatia por outras pessoas. Normalmente são pessoas com grau elevado de egocentrismo e que somente veem suas habilidades pessoais ao passar por problemas ou a lidar com situações adversas.

Algo que é muito positivo na empatia é que esta é uma característica que pode ser desenvolvida. Embora demande tempo e esforço podemos sim evoluir. Ela é uma competência que se desenvolve na prática. Por mais que leituras, conversas ou reflexões ajudem, a melhor maneira de ser empático é na vida real.

Deixo pra vocês algumas dicas de possíveis formas de desenvolver a empatia, segundo Brené Brown, professora e pesquisadora na Universidade de Houston, que estuda há duas décadas este tema.

– Tomada de perspectiva, ou seja, estar disposto a ver o mundo através dos olhos dos outros, abrindo mão das próprias visões, renunciando meus julgamentos, verdades e crenças.

– Não julgar, abstendo-se de comentários que invalidam a experiência do outro ou o fazem se sentir errado, como se “isso não fosse nada”.

– Reconhecer as suas emoções olhando para dentro de si e lembrando como é ter a sensação que a outra pessoa está sentindo.

– Não julgar, talvez seja o primeiro mandamento da empatia. Quando escolhemos não fazer julgamentos, somos capazes de ouvir, acreditar e se aprofundar sem procurar pelas falhas. Em vez de julgar indique caminhos possíveis.

– Abra-se para as histórias, preste atenção nos detalhes, questione menos, superando os próprios preconceitos. Ser empático não é concordar com tudo, mas compreender do seu ponto de vista.

– Praticar escuta atenta, tendo presença, se envolvendo com que está escutando, prestando atenção no tom de voz e linguagem corporal.

– Reconhecer as diferenças, sabendo que somos iguais em nossa humanidade, mas ao mesmo tempo, completamente diferente uns dos outros.

Acredito muito que se todos nós buscássemos desenvolver a empatia no dia a dia, as nossas relações e o mundo se tornariam um lugar muito mais agradável de se viver. Não nos importa o outro, se ele faz ou não, vamos ser o exemplo daquilo que queremos.

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Lidiane Klein

Especialista em Neuropsicologia pela UFRGS, Mestre em Psicologia e Saúde pela UFCSPA e Doutoranda em Ciências da Reabilitação. Trabalho com avaliação neuropsicológica, psicoterapia, reabilitação, intervenção neuropsicológica e estimulação cognitiva, principalmente para adultos e idosos.

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