Recentemente fui convidada a palestrar para um grupo de mulheres, o tema era livre e resolvi falar sobre amor-próprio. Incentivada pela palestra resolvi que este seria o tema do artigo deste mês.

Quero iniciar a escrita provocando algumas reflexões, não siga adiante sem antes te responder. O que é amor-próprio para você? Quanto de amor eu dedico a mim mesmo? Eu realizo gestos de carinho para mim mesmo? ou sou aquela pessoa que vive para o outro, se critica o tempo todo, se compara com os demais?

Muito importante para responder as perguntas acima é ter bem definido o que é amor-próprio, e que lugar ele ocupa na sua vida.  Digo que a falta dele é a raiz de muitas questões que enfrentamos na vida e nem nos damos conta. Assim, necessitamos desenvolver a capacidade de observar e examinar conscientemente nosso mundo interior, analisar neutralmente para buscarmos a origem dele, que na maioria das vezes estará lá na nossa infância, nas nossas relações iniciais, onde criamos nosso modelo de identidade. Mas não basta somente reconhecer a origem, é necessária uma jornada interna de autoconhecimento, autoaceitação e muitas vezes perdão/auto perdão, e principalmente modificar estes padrões de pensamentos e comportamentos disfuncionais.

Amor-próprio pode ser definido como o apreço nutrido por si mesmo. É a aceitação das qualidades, defeitos, conquistas, fracassos, escolhas e experiências de vida em sua plenitude. É confiar em você, sendo fiel aos seus valores. Cuidar das suas próprias necessidades, é ter autocuidado. Saber dizer não quando necessário. Estabelecer limites saudáveis nas relações.

O amor-próprio uma construção diária! Mas não significa o mesmo para cada um. A chave é descobrir como o amor-próprio é para você! A falta dele é o pior inimigo que podemos ter, pois muito além de minar a nossa autoestima ainda mina as nossas relações, onde a pessoa aceita muito menos que deveria aceitar do outro.

Adoro a frase da Maya Angelou que fala “Aprendi a muito tempo que a coisa mais sábia que posso fazer é estar do meu lado”; vejo nela muita verdade. Quantas vezes nem a gente está do nosso lado, não é? Quantas vezes nos autossabotamos?

Quem se ama compreende que é imperfeito e pode errar, além de estar disposto a melhorar sem interferência do orgulho. Devemos aceitar as características que a natureza nos deu. Ninguém é perfeito, mude o que é possível mudar e não se violente tentando ser quem não é. Não se compare com os outros, tenha como referência você mesmo. Devo me comparar com a pessoa que eu era a alguns anos atrás e aí sim devo ter tido evolução. Foque em você mesmo.

Deixo a seguir algumas dicas simples para desenvolver o teu amor-próprio:

-Pratique atos que vão elevar o seu valor para você e para os outros;

-Não aceite tratamentos que diminuam o seu valor como traição, mentiras, todo tipo de desrespeito, se posicione!

-Pratique pequenos atos de amor por você, todos os dias. Seja o grande amor da sua vida!

-Trate seu corpo com carinho e mantenha pequenos rituais de beleza toda semana;

-Cuide da sua alimentação – Faça uma receita especial para você;

-Cuide da sua saúde física e mental. Vá ao médico! Faça terapia!

-Respeite seus limites e suas necessidades, faça as coisas que são importantes para você;

-Perdoe seus erros do passado e construa uma vida nova com mais paz e amor-próprio.

Em resumo, o amor-próprio é a base para uma vida mais feliz e satisfatória. Ele influencia a forma como você se relaciona consigo mesmo e com os outros, molda suas decisões e contribui para seu bem-estar global. Investir no desenvolvimento do amor-próprio é um passo significativo para uma vida mais plena e significativa.

Se você identificou uma falta de amor-próprio que te acompanha a tempos, uma ajuda profissional poderá te auxiliar muito.